C.M.V.
CMV – Custo de Mercadoria Vendida é o valor da mercadoria que leva em consideração a aquisição de produtos e insumos e o processo de pós-venda, que pode retornar novos itens ao estoque.
Atenção: não confundir CMV com custo do produto. São coisas totalmente distintas.
Ao invés de medir o lucro, o custo de mercadoria vendida parte da premissa de que o sucesso de determinado produto não é medido pela quantidade de saídas do estoque, mas sim pela quantidade de itens que sobraram, uma vez que a armazenagem pode representar prejuízo para a empresa.
Porque o CMV é Importante?
“Eu tenho uma margem de lucro de 70% sobre os meus produtos.“
Sim, faturar é bom demais. Mas você já parou para pensar que os produtos encalhados no estoque contam como vendas não feitas, ocupam espaço e também podem ter impacto sobre a sua margem de contribuição?
Portanto, no DRE o cálculo de CMV define o custo de mercadoria vendida respeitando os produtos que não foram vendidos .
A fórmula para calcular o custo de mercadorias vendidas baseia-se na soma das compras realizadas no período do estoque inicial e subtraindo o estoque final do período:
CMV = estoque inicial + aquisições - estoque final
Um exemplo de cálculo:
Estoque Inicial = R$ 2.000
Aquisições = R$ 4.000
Estoque Final = R$ 2.500
Custo de mercadoria vendida (CMV) = ?
Aplicando a fórmula acima, teríamos: CMV = R$ 3.500.
Onde o CMV pode ser empregado?
Dentre outras situações, a mais usual é aplicá-lo para Avaliar a Rentabilidade Bruta.
Comparando a receita líquida com o CMV, é possível identificar o percentual de lucro bruto. Uma margem bruta alta pode indicar eficiência no controle de custos, enquanto uma margem baixa pode sinalizar a necessidade de revisar os processos produtivos ou de compra.
Essa situação pode ser demonstrada no DRE (Demonstrativo de Resultados do Exercício), onde, por exemplo, pode-se ter:

(caso o cliente tenha alguma dúvida sobre o CMV, oriente a procurar um auxílio contábil-financeiro junto ao contador de sua confiança)